terça-feira, janeiro 26, 2010

A Roupa Nova do Rei

Foi muito boa a enrolação de quinta-feira passada.

Comecei conversando com as crianças enquanto esperávamos as pessoas chegarem e se acomodarem.

Apresentei-me e chamei meu ajudante Rafael. Aí comecei a mostrar o que a confecção A Fábula mandou de presente: O calendário, os cartões, as bandanas... E disse que no final eu iria distribuir.

Daí falei que iria antes contar uma história de roupas e fazer uma oficina de enfeites.

A História era "A Roupa Nova do Rei":

"Havia um rei que era muito vaidoso. Vivia para se arrumar e comprar roupas. Adorava festas e baladas.

Um dia apareceram duas figuras dizendo serem os maiores costureiros do reino: Alexandre Bonitinho, loiro de bigodes fininhos e Valentinho, moreno de bigodão.

Disseram que poderiam fazer a roupa mais linda do mundo e combinaram de começar na segunda-feira. Para isso deveriam ter muito dinheiro para comprar os preciosos tecidos.

O rei deu o dinheiro, só que em vez de comprar panos eles guardaram o dinheiro e apareceram contando uma história maluca sobre o tecido mágico que haviam encontrado: era um tecido invisível para quem fosse mau, invejoso, hipócrita, falso. Só quem fosse bom inteligente e honesto o veria. Para comprar o precioso pano eles precisavam de mais um milhão. O rei deu acreditando piamente no que os falsos costureiros disseram. E os dois larápios nunca tinham pregado um botão.

Eles se encontravam a noite na taberna e bebendo riam do rei e dos ministros:

- Você viu a cara que o ministro da injustiça fez quando a gente falou que só quem era honesto via o tecido? Viu que assustado ele ficou? Arregalou um olhão! Ahahahahaha!!!!!
- E quando a gente mostrou a amostra do pano mágico para o rei e você falou:
- Olha, Majestade, que cor fabulosa?! Que brilho!

Chegou o dia da prova das roupas e foram todos chamados para acompanhar o evento, os ministros, as criadas, os súditos importantes e, lógico, o rei!
Os dois faziam a maior encenação com os panos invisíveis e comentavam:

- Olhem que caimento! - Que luxo! - Ficou perfeito. - Está o máximo! Nós somos mesmo muito bons.

Todo mundo concordava de medo de falar que não estavam vendo nadinha. Principalmente o rei que fingia assustado, pois ele se achava muito bom, honesto e inteligente. Ninguém via, mas todos falavam que viam muito bem o pano e balançavam a cabeça aprovando todas as barbaridades que os safados faziam se divertindo da cara dos bobões:

- Bonitinho, me passe a tesoura que preciso cortar este rabinho de pano (e fingia o gesto).
- Valentinho, veja o comprimento.

Depois, escondidos eles morriam de rir e continuavam a enganação no dia seguinte. Demoraram um ano e meio fazendo a preciosa roupa e pedindo mais dinheiro.

Até o rei, surpreso olhando-se no espelho, fingia, pois, onde já se viu um rei que não fosse o homem mais inteligente do reino. E assim todos se enganavam uns aos outros e as tais das roupas iam ficando cada vez mais famosas. Saia no jornal do reino todos os dias notícias sobre o andamento do serviço. Saim umas fotos de um dos dois segurando uma roupa de fingimento (a notícia era de que a mágica valia nas fotos também).

Chegou o grande dia da enorme festa do desfile do rei com a roupa.
Todos foram para a rua ver o rei passar com a sua linda roupa mágica. E os comentários foram os mais mentirosos do mundo:

- Como está linda!
- Que elegância!

Isso até que uma inocente menininha, famosa por nunca mentir, gritou bem alto:

- O REI ESTÁ NU!!!!!!!!!!
- O rei está nuuuuu? Está nu? Sem roupa nenhuma! É verdade, o rei está pelado!!!!!!!! As roupas são falsas.

E o rei quase morreu de vergonha e arrependimento.

Mandou prender os dois falsários que desfilavam na maior cara de pau, com uma mala cheia de dinheiro, dinheiro nas cuecas, nas meias, nos chapéus.
Pegaram de volta todo este dinheirão e mandaram fazer uma roupa bem bonita e confortável na (Confecção “A Fábula”).

Dessa vez, pelos maiores costureiros eram de verdade: o Alexandre Herchcovitch, de cabelos encaracolados e loiros e Valentino, de cabelos pretos e lisos. Ficou fabulosa, a roupa!

Ficou linda. E eles ainda fizeram umas botas de borracha para que o rei fosse ver as enchentes e um capacete de metal para que acompanhasse os deslizamentos. Assim pôde cuidar melhor do seu povo em vez de a si mesmo. E ele virou um grande rei."

Isso tudo foi muito divertido!

Depois ensinei a fazer as flores e as caveirinhas.

Vejam as fotos:















































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